Vou andar por aí sem rumo
Sem nada procurar
Ou intencionar
Quando voltar
Quero trazer poeira nos pés
Alguma felicidade dentro da mochila
E um pulmão ansiando em respirar uma nova manhã
Uma brecha nos meses que se passaram naquele cubículo Uma chance em outras mil impossibilidades de escapar Raciocínio lógico Há pressa. Pensar em não conseguir, é sequer possibilidade AGIR! Seja breve! Mova-se em linha reta, dizia consigo Deixe o passado ser E não volte Assuma tua escolha, pois é preciso Voar, ainda que baixo, é voar Arriscar o pouco que se tem, significa ter algo Não tenho muitas chances, mas me basta uma Foi assim que fugi Trocando o temido pelo incerto A prisão pela liberdade E medo pelo medo Num caminho desconhecido Com nada nas mãos Apenas pés e chão Perspectiva
Mantinha suas cartas salvas em “.doc”, e mudava o destinatário para envio. No remetente apenas um coração. E o manuseio com luvas de látex. Duvidava que alguém se importasse, ou por ventura apreciasse as palavras bobas, de uma jovem estúpida. Guardava em si uma vontade imensa de esperar escondida, para ver a reação de quem recebia seus escritos. Mas a tamanha timidez, e segurança que o anonimato lhe proporcionava não a permitiam arriscar-se ser descoberta. Muita discrição na hora de ir ao correio. Capricho e delicadeza no preparo dos envelopes. Seu pequeno prazer diário. Seu mundo paralelo e intocável.
Sentia necessidade de escrever algo, mas estava sem inspiração. Começou com palavras soltas, e terminou com uma carta de suicídio. A vontade, matou; a carta; na primeira gaveta da escrivaninha.
Oi Kati
ResponderExcluirQue sua viagem seja proveitosa, e que você retorne com energias renovadas.
Bjux
Boa noite.
ResponderExcluirQue a mochila volte cheia.
Um abraço.
Maria Auxiliadora (Amapola)
Estou lhe seguindo.